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outubro 08, 2010

Para discontrair!

No Tribunal

Um matuto foi a única testemunha de um estupro que aconteceu naquela cidadezinha do interior. Foi aquele alvoroço. A moça, envolvida no caso, era uma pessoa muito conhecida e querida na cidade, o que ocasionou muito trabalho para a polícia, para advogados, etc.

Claro que aquele era o assunto preferido de todos, na cidade. Só falavam no tal estupro. Mas, o culpado de tudo já havia sido preso e estava aguardando o julgamento.

Enfim chegou o dia tão esperado por todos, em que o culpado ia ser, finalmente, julgado por sua maldade. Imagine: a moça mais querida e legal da cidade. Justo ela. O povo da cidade não perdoava o estuprador. Todos queriam vê-lo condenado e preso. Uma pena bem pesada. Falavam em 50 anos, outros falavam em 80 e outros em prisão perpétua.

Bom, como já dissemos, a única testemunha, pra valer, cujo depoimento seria fundamental e considerado, era o tal caipira. Um cara bronco, matuto, daqueles que não sabia nada de tribunal, não tinha idéia do que seria um juiz, um advogado, enfim, o cara era uma "toupeira". Porém, muito honesto. Seu grande "pecado" era o de não saber falar direito.

Bem, chegada a hora, em pleno tribunal, o matuto foi chamado às falas.

- Então, senhor Pedro (esse era seu nome). O senhor podia nos contar como foi que tudo aconteceu?

- Bem, sêo Juiz. Ele tirô o pau pra fora. Tirô as carcinha dela co’a boca e...

- Pára! Pára! Onde é que o senhor pensa que está? Isto aqui é um tribunal. O senhor modere suas palavras. Tente nos explicar com outras palavras..

- Tá bão, dotor. Então o cara enfiô o pau nela e quando começô a esporreá eu...

- Pode parar. Pode parar, senhor. Meu Deus! Será que o senhor não sabe falar a não ser dessa maneira chula. Será que o senhor não poderia falar usando "metáforas" e "metonímias" para nos explicar o que houve?

- Pode dexá, sêo Juiz. Eu vou expricá miór. Então ele tirou a "metáfora" dele pra fora e meteu na "metonímia" dela e...

- Ó, moço. Assim não vai dar. O senhor não entendeu nada do que eu falei. Mas, pensei melhor e acho que já sei o que fazer. Eu faço as perguntas e o senhor só responde. Tá bom assim? Vamos lá. Eu vou perguntar: o senhor viu os dois copulando?

- Óia, seu Juiz. Eu não sô mentiroso e não é agora qu’eu vou menti só pra agradá o sinhor. Eu não vô dizer que vi os dois cu pulando por que o dela tava por baxo. Mas o dele, ó, tava pulando que nem doido...

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